Os problemas que afetam os trabalhadores da construção incluem a informalidade, as longas jornadas de trabalho, a qualificação profissional, a falta de equipamentos de segurança e os baixos salários – considerados o maior desafio da categoria.
Com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sindicalistas denunciam a precarização do mercado de trabalho da construção. Os números revelam que construtoras e empreiteiras contratam quase oito vezes mais serventes do que pedreiros.
As contratações irregulares são impulsionadas pelo interesse capitalista de reduzir os custos e aumentar os lucros advindos da exploração do trabalho. Em média, o salário de um servente chega a ser 25% menor do que o de um pedreiro. Segundo o Caged, de janeiro de 2009 a fevereiro deste ano, 153 mil serventes de pedreiros foram contratados. No mesmo período, as construtoras admitiram apenas 20 mil pedreiros.
O eletricista Uilton Nunes Ferreira, que há oito anos atua no setor, diz que muitos profissionais qualificados recebem propostas para trabalhar em cargos que exigem menos conhecimento técnico e pagam salários menores.“Há algum tempo atrás fui fazer uma entrevista de emprego e eles me disseram que a vaga era para auxiliar de eletricista. Na verdade eles queriam me pagar menos. Um auxiliar faz a mesma coisa que um eletricista. Não aceitei o emprego porque me considero um profissional”.
Fonte: vermelho.org.br
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